Sobre o Blog - Veritas et Cor Mysterii
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
Confiram o certificado do encontro internacional - Curió - Chile (01 a 30/12/23)
terça-feira, 26 de dezembro de 2023
quarta-feira, 20 de dezembro de 2023
FANTASMA DA MENTE
Não é novidade que eu,
Queira estar terminantemente aqui,
Ainda tendo esperanças de seu retorno,
Para que um dia, sejas livre para mim.
E preencher-me-ei de ti!
Tendo como mar de revelação: sua cama.
E vendo o quando poderás ser…
A prometida, velando minhas noites.
Assim, tu vais olhar para trás,
Mas, mesmo ali, verás…
Um pássaro, a bater suas asas,
E deixando em nós, a própria paz.
Intoxicante serás sem dúvidas!
“E sarò come un prigioniero”,
Que não quer sair jamais e,
Contigo, sempre venerará.
Tu romperás as cortinas de cima a baixo,
De um templo meu que é tão antigo e,
Envolvido por uma mística simbólica,
Aguardando por tuas vontades necessárias.
Quando encontrar-me-ei com tua essência,
A cantar com seus lábios, olhos, o corpo, e as mãos?
No qual entenda, minhas escritas em sua plena epifania,
E cuja face, não a enxergarei como um fantasma da mente,
A mostrar-me a superfície de quem realmente eu sou?
Por que foges, então, tanto assim?
Negando-me a si? Ocultando teus segredos,
Só para evitar claramente que eu possa,
Descortinar inteiramente os teus sentidos?
O que encondes, que não queres me recitar?
Minhas/suas veias são como deslumbres,
De cada parte do meu/teu sangue a se fundir,
Se acaso isso fosse sua intencionalidade.
RICARDO OLIVEIRA - 20/12/2023.
POEMA N. 3.025 / 94 DE 2023.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
INTENSIFICADOS
No que está pensando, diz meu coração!
Para parar de viver se enganando e,
E vir a buscar em sua inteireza,
Aquilo que só te faz querer sorrir.
Ah, doce esperança!
Sou tua máscara e teu poder.
Tua voz e teu jeito de renascer!
Que faz-me contigo pelas matas, correr.
E por entre os sonhos meus, a convidar-te!
Sentir de alguma maneira, na poesia, o baluarte.
Onde estreito nós, está, todas as partes de um só!
E nisso, ouvir em ti, suas veias pulsando o plasma,
Como as óperas clássicas a virem a nos despertar.
Eis que estais trajada de alabastrino,
Deitada em seu eterno leito, acordando.
E supostamente, eu não estou lá pra você!
Então, ergues-te apressadamente, pondo seus pés,
Sobre as diversas pétalas de rosas ao chão do cômodo.
Caminhas-te com uma nobre taça, do refinado vinho,
Sem pronunciar nada, de tuas transmutáveis palavras.
Reminiscências são inevitáveis!
Viventes assim, como seus cabelos soltos.
Teus olhos a mirar para um corredor estranho,
E os lábios, iguais aos das ninfas, a me procurar.
Dentro de mim, te encaro, e digo:
-Sabe…respaldo-me sempre em sua integridade,
Sendo que é em sua imperfeição, o jeito mais puro de te amar,
Provando a cada minuto, a profundidade do mel que há.
E num lapso de memória, o timbre de suas cordas vocais,
De maneira baixa, vem a me rasgar, implicitamente:
-Manifeste o seu desejo em mim, como se seu corpo,
Possuísse-me enlouquecidamente de febre, e sua alma,
Intensifica-se, devorando-me a substância que me dás.
RICARDO OLIVEIRA - 18/12/2023
POEMA N.3024 / N.93 DE 2023
sábado, 16 de dezembro de 2023
CREPÚSCULO CRESCENTE
Em rosas, versos e vinhos,
Eu não quero nem lembrar.
Nesse véu que cobre teu rosto,
O dilema é tentar se fechar.
Seus olhos não me convencem,
E por vez, digo o que esperar!
Que amar é trair a mim mesmo,
E que porta trancada, ninguém pode entrar.
É por esta razão que,
Nenhuma nova inspiradora,
É capaz de entender meus escritos,
Nem como eles se completam ao mar.
Os mananciais, são porventura,
Águas que correm ininterruptas,
E lá na distância, eu vejo,
O tempo que não quer parar.
Questiono para a minha inteireza:
-E as questões imutáveis?
Respondo-me mediante ao que penso:
-Existe um enorme intervalo,
Algo entre eu e todas as musas,
Nisso, todas as coisas, sim, são imutáveis.
Talvez, de maneira hipotética,
Vir a ser uma criatura da noite,
A vagar pelos umbrais,
Pedindo a Deus, me ajude,
Eu preciso encontrar minha paz.
E brigando com o meu próprio ego,
Num crepúsculo crescente,
Um silêncio só, se manifestar a escuridão,
Ansiando por diante do anjo da morte,
Ver com clarividência, a verdadeira israelense,
Entre dois mundos, que acabaram se cruzando.
RICARDO OLIVEIRA - 16/12/2023.
POEMA N. 3023 / N.92 DE 2023.