Sobre o Blog - Veritas et Cor Mysterii

Aqui são publicadas poemas do Escritor e Poeta Ricardo Oliveira

sábado, 30 de março de 2024

RECANTO DAS ALMAS


 

Do muito que eu te quis,

Eu me fiz para ter-te um instante,

E nele é que me consumir de verbetes,

Somente com a intenção de ver-te novamente.


O insano e o insensato de tudo,

Foi ter na mente e no corpo,

Os resquícios de um olhar perdido,

Mas que talvez, tenha encontrado em ti,

O recanto das almas que me dará sustento.


A ânsia de uma partida,

Trouxe na minha imperfeição,

O que de mais terno vi em teus olhos,

E a mágica que não tenho em mim.


Queria eu, que o momento congelasse!

Isso, na esperança de que não terminasse,

O entrelaçar das virtudes que tens, e que,

Subitamente vens, a dar-me sem nada saber.


És tão linda e pura, quanto os raios de sol,

O brilhar da lua, e a tentação do pecado,

Exposto com tamanha desenvoltura,

Em detalhes, nos versos medievais de um poema.


Quando percebi que saíste,

Tive que pensar freneticamente,

E em dez segundos me decidi,

Que o melhor era esperar-te assim,

Do lado de fora do meu consciente.


O certo poderia dar errado,

E o mundo, por sua vez, se acabado,

Contudo, valeu a pena o calor da manhã,

Nestes escritos que eu havia te endereçado.


Manifestou-se às melhores canções de óperas,

Dos quais interagiram com a minha pele.

E o que poderá suceder, de agora,

É a resposta que não compete a gente!

Mas fico com teu sorriso envolvente,

A voz que ecoa nas catedrais humanas,

Num doce sabor de todas as lembranças



RICARDO OLIVEIRA - 15/03/2024.

 Poema n.3.056/ n.27 de 2024.


sábado, 23 de março de 2024

O QUE MEU CORPO NÃO TE NEGA

 


Poderias retribuir a mim,

Num instante em que me ofereço?

Quando de pronto entreguei-me por verbetes,

Dos quais eu me fiz inteiramente a ti?


E cada vez mais, quero aproximar-me,

Doar-me sem rupturas em delírios!

Como a manifestação de tudo o que é poético,

Sentindo aqui dentro, a súbita vontade inexplicável,

De enxugar teu lacrimejar com os meus beijos,

E enrolar-te toda em meus contentos.


Se regressares com uma resposta,

Serão como promessas não vãs!

E posso-me perpetuar, talvez, na sua história,

Rasgando a veste invisível que me cobre.


Sois a inspiração primária,

Vindo de um jeito todo inesperado.

Uma tempestade que nunca se calma,

Fazendo-me querer ser quem está do seu lado.


A vida é um certo deserto,

Onde recuso-me andar.

Isso, pelo fato de ser desconexo,

O modo de sentir o céu a te tocar.


É improvável, minhas concepções,

De que virás como venho a sonhar e,

Nisso, só vislumbro tua ternura existente,

Da alma que não queres vir a me dar.


Tens que vir e tomar conta de mim,

Quando ninguém pode mais ver-me!

Pois, pouco a pouco vou desaparecendo,

E na areia, somente pegadas serão deixadas.


Parece que viciei-me em conhecer-te,

Da maneira que um poeta chega e aprende!

Dorme em meus braços infinitamente,

 Onde o meu silêncio é ter-te para sempre,

Apoderando de tua boca a estar semicerrada,

Para descobrir o que nela de substância se esconde,

Na intencionalidade de despertar, o que meu corpo não te nega.



RICARDO OLIVEIRA - 08/03/2024.

 Poema n.3.053/ n.234 de 2024.


quinta-feira, 14 de março de 2024

EM TI, HÁ METAFÍSICA (AO DIA NACIONAL DA POESIA)

 


E que se aumente os anseios,

Mesmo sendo o oposto do meu coração!

As nuances entre nossos olhares,

Quanto a linguagem élfica, que somente eu sei,

Mas que você nunca poderá entender.


Entretanto, emanas ares límpidos,

Num só querer que tu expressas,

O contemplar que meu ser se interessa,

 Quando vejo-te andando para alguma direção.


Uma moldura do tempo!

A mais linda das inspirações que me convenço,

Ser extraída de livros e poesias, também de canções,

Onde os segredos não são definitivos, uma vez que,

Preserva tua alma, tua calma, e todas as tuas perfeições.


Tua imagem é uma miragem,

Totalmente inarredável, que há!

Adentrando internamente meu subconsciente,

Conectando-se ao lirismo dos versos a narrar.


Assim, encontrando em teu corpo,

O meu templo de um jeito inesperado,

No qual não posso ter, mas sonhar,

Que um dia permitas que eu,

Pegue-te fortemente em meus braços,

Debruçando-te sobre quaisquer móvel à vista,

Somente para tê-la numa aspiração expressiva.


Este amor tão inóspito e proibido,

“Cuyo momento es cuando me quieres, como yo te necesito”,

Deixando-me alimentar-me de ti, não sendo uma como última vez,

Mas por infinitas noites, enquanto a lua despontar nos céus.


Encantar-me-ia segurar seu rosto entre minhas mãos,

E inclinar-me para que meus lábios te adorassem!

Sentindo, de fato, tua respiração ofegante,

Enquanto seus dedos iam deslizando sobre meu peito,

Prontamente para fazer-me ouvir-te sussurrar e,

 Inebriando-me ao ponto de eu estar completamente atraído,

Por cada pedaço de quem tu és, em metafísica,

No recanto insano e incerto, pois já transcenderiamos,

O despertar do é considerável de nossos desencontros.




RICARDO OLIVEIRA - 14/03/2024.

Poema n.3.055/ n.26 de 2024.